7 Pegadinhas ‘turistongas’ Que Você Tem de Impedir Em Nova York

O teatro e o cinema a toda a hora encantaram a goiana Lara Morena. Ela queria ser atriz e fez faculdade de artes cênicas. Ao sair, deparou com um mercado nada promissor. Em vez de abandonar o sonho de superar com arte e cultura, criou um negócio respectivo. Fundou a Matuto Cultural, empresa que organiza documentos e capta recursos para projetos culturais. Tirou a burocracia da frente de diretores, atores, produtores e músicos, ao permitir que eles se concentrem só em fazer arte. “Sinto-me realizada em proteger estas pessoas”, diz. O roteiro seguido por Lara mostra traços característicos de como lida com o trabalho, em geral, e com a constituição de um negócio respectivo, em típico.
Ela é uma “idealista” – oferece prioridade total à alegria, sente alegria em amparar os outros e não procura o máximo de retorno financeiro. É um dos 6 perfis profissionais usados na Endeavor, uma ONG que atua em rede em vinte e um países, dedicada a incentivar a constituição de empresas. Em dezessete anos de atuação no mundo, a Endeavor avaliou em torno de quarenta mil empreendedores. No Brasil, trabalhou entre março e julho, a encerramento de definir os perfis. Como qualquer um está associado a pontos fortes e fracos, conhecê-los é um exercício útil a todos, mesmo para as pessoas que ainda não pensa em abrir um negócio.
O consultor de carreira Eduardo Ferraz recomenda essa autoanálise e sugere um jeito de aproveitá-la: distinguir os pontos fracos dos que são apenas limitantes. “Os pontos fortes são o que você faz bem sem se esforçar”, diz. “Os pontos fracos são os que você não faz bem, mesmo que se esforce. Chamo de limitantes os que são capazes de e devem ser aprimorados para um agradável funcionamento no trabalho. Sugiro empregar 70% do tempo a analisar os pontos fortes e 30% aos limitantes.” Segundo ele, um assalariado poderá usar o emprego como escola pra um futuro negócio próprio.
“Trabalhe na corporação como se ela fosse sua. Conheça os números, as estratégias de venda, fique concentrado a cada um dos setores”, reconhece. O trabalho da Endeavor aconteceu em duas etapas. Através da experiência acumulada de avaliar empreendedores no Brasil, a equipe selecionou e entrevistou 33 donos de negócios em diferentes estágios. Depois, fez um levantamento de opinião, com um teste na web.
- Dois – Consulte a planilha para se planejar
- Calorias: 158 calorias
- Seja perseverante
- Planeje-se antes de começar como eletricista autônomo
Participaram 4 1 mil pessoas com mais de 16 anos, empreendedores ou não, em quatrorze capitais. “Sempre tivemos uma inquietação com a diversidade das reais motivações dos empreendedores”, diz Juliano Seabra, diretor da Endeavor. “Com o estudo, queremos melhor conhecer o brasileiro que pretende ter ou já tem um negócio próprio e achar os ‘gatilhos’ que levam qualquer um adiante.” O presidente nacional do Sebrae, Luiz Barretto, considera considerável esse tipo de busca. “Cada perfil tem demandas, expectativas, problemas e deficiências específicos a superar”, diz. Do mesmo jeito que em Lara, a idealista de Goiânia, os traços dos perfis se misturam em cada sujeito. Ninguém é um “idealista” puro. O rótulo denota a predominância de algumas características.
O levantamento de posição da Endeavor não tem rigor estatístico para que as conclusões sejam aplicadas à população inteira. Mas oferece pistas sérias sobre como o brasileiro pensa no cenário. O perfil mais comum entre os empreendedores se define por uma vontade: “Quero meu milhão”. O principal objetivo deles é o lucro, e eles correspondem a um quarto dos que agora empreendem.
Para este grupo, vale abrir uma fábrica de palitos de dente e, ao mesmo tempo, investir em uma franquia de farmácia. Assim é Braulio Correa, de Belo Horizonte. Dono da Tatic, corporação de tecnologia da dado que compacta grandes volumes de detalhes pela web, ele diz que passa o tempo todo pensando em como receber mais dinheiro. “Autonomia financeira me vai trazer liberdade de existência. Terei mais sensatez pra trabalhar melhor, e isto se reflete nas pessoas ao meu redor”, diz. Esse grupo tende a funcionar em regime de emergência e considera-se mais produtivo portanto. Beneficia-se por reconhecer oportunidades mais com facilidade.
“Se adquirir ganhar e guardar dinheiro com a primeira chance que vê, esse tipo de profissional consegue identificar e analisar outras oportunidades que apareçam no meio do caminho”, diz Luiz Fernando Garcia, psicoterapeuta e consultor de negócios e recursos humanos. É o segmento mais jovem dos pesquisados. Coincide com a tendência de queda na média de idade dos empreendedores brasileiros. “Os jovens de até 25 anos têm muito potencial, em geral estão mais otimistas e se envolvem com facilidade nas conversas sobre isto como fazer negócios”, diz Rodrigo Paolilo, presidente da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje).