Come as you are, as you were, as I want you to be. Rock, punk, funk, chorinho, reggae, hip hop: a música, a todo o momento presente pela cultura jovem, fornece o ritmo da pluralidade que a identifica. Em torno dela, maneira-se um conjunto de práticas, crenças e valores que materializam um dado “estado de espírito” adolescente, que poderá diversificar da rebeldia ao conformismo, da vitalidade à morbidade, do arco-íris ao luto.

Foi-se o tempo em que piás e meninas de 15 anos poderiam ser resumidos às tuas explosões hormonais. Cada vez mais dissociada de seu estilo biológico, a adolescência tornou-se um fenômeno social, “hábitos de vida” valorizado e introjetado pelo universo adulto, contribuindo para a construção das diferenças de gênero, da corporalidade moderna e, principalmente, da moda. Hoje, no assunto urbano brasileiro, não cessam de aparecer algumas tribos jovens que marcam fronteiras simbólicas de discernimento e prestígio, enfatizando a emergência de tornar-se único e, ao mesmo tempo, par. Reflexo da comunidade moderna individualista, por direito, contudo, especialmente, um método de construção de representações, os “estilos de existência” adolescentes ocupam todos os espaços sociais.

E é sobre um desses espaços, o “virtual”, que se busca lançar uma luz a respeito da emergência de uma identidade que essencializa um semblante peculiar – todavia não exclusivo – da adolescência: o wannabe. Antes de proceder às reflexões propostas por este artigo, é respeitável compreender o que é “adolescência”. Adolescência é o estágio no curso da vida que separa a infância da vida adulta.

Mais do que achar a adolescência como inerente ao processo de envelhecimento, os sociólogos a vêem como um produto da organização social. A adolescência seria, assim, uma construção social de um período da vida biológica. Esse conceito necessita, ainda, ser contextualizado, já que nem todas as sociedades têm a mesma limitação de faixa etária para a adolescência.

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Na visão de Bourdieu,5 a noção de adolescência, do mesmo jeito de juventude e velhice, é uma construção social que tem como atividade iniciar uma divisão do poder. A separação entre adolescentes e velhos seria, como declara o autor, uma forma de “firmar limites e gerar uma ordem onde qualquer um tem que se manter”. recursos , é atribuída uma espécie de “falta de respeito provisória”, isto é, eles são “adultos para novas coisas, são crianças pra algumas”.

Para delimitar melhor os parâmetros utilizados por este trabalho, é sério demarcar a linha tênue que difere a adolescência da juventude, de acordo com essas definições. Tanto a adolescência quanto a juventude são formadas socialmente. A primeira caracterizando um momento da existência biológica; a segunda, um modo da existência social. Kozinets13 diz que, apesar de as comunidades virtuais ou comunidades on-line, como também aprecia chamá-las, condicionem a sua existência ao recinto da Internet, estão remoto de serem inexistentes no universo real. Futebol online , as comunidades virtuais têm uma existência “real” para seus membros e, conseqüentemente, há reflexos em muitos estilos do teu modo. O procedimento netnográfico, segundo apenas clique na seguinte página de internet ,quatrorze é interpretativo.

Nesse ponto, faz referências diretas a Geertz,quinze chamando a atenção pra inevitabilidade de uma total imersão do pesquisador no campo, ao ponto de ele ser conhecido como um membro da cultura estudada. Pra essa finalidade, é necessária uma “definição densa”, da mesma forma o conhecimento da linguagem e dos símbolos desta cultura, que deverão ser traduzidos por intervenção de uma interpretação com vasto participação da subjetividade do pesquisador. Nesse motivo, lembra Kozinets,dezesseis é tão sério a reflexividade pela atividade de observador, além de um savoir faire interpretativo, que condiciona a peculiaridade de todo o serviço de busca.